Dos mais diversos golpes aplicados via SMS por detentos, o mais comum é dizer que o número foi sorteado por alguma promoção de operadora de telefonia móvel. O que os detentos esperam, é receber algum dinheiro de quem acredite, na manhã de ontem (25) o que não esperavam, era ser "trollado" por uma repórter de TV Local.
Nos últimos meses vários registros são feitos na polícia sobre estes tipos de golpes, algumas pessoas acreditam, outras não. Nesta quarta, uma ligação informando que o titular da linha havia ganhado a quantia de R$ 75 mil, que ela deveria ir até uma agência da Caixa Econômica e tirar um extrato para confirmar o recebimento.
A titular da linha, Juliana, procurou a redação do site Nativa News, sabendo que se tratava de um golpe, em conjunto com a repórter Sônia Godinho da TV Cidade, a mulher foi acompanhada até a agência para retirar um extrato, confirmando não ter recebido nenhum depósito, uma nova ligação.
"Olha, não caiu nada na minha conta ainda não", informou Juliana. Com muita simpatia, e se identificando como Marcos, o detento passou informações sobre como proceder. "Realmente as vezes no primeiro extrato não aparece, a senhora terá que ir até uma lotérica, estarei encaminhando um fax informando que realmente a senhora foi contemplada com a promoção. Aí a senhora procura o gerente que ele vai auxiliar, assim que a senhora confirmar o recebimento me ligue para te passar mais informações sobre como retirar".
Sempre atencioso com a vítima em potencial, fazendo recomendações de cuidados, e que não comentasse com ninguém o premio que havia ganhado. As ligações estavam sendo gravadas.
A Polícia Militar foi procurada, toda a situação relatada, o detento ligava do estado de Ceará, dizendo estar em São Paulo. O Soldado Laércio da Polícia Militar se passou por gerente do banco da mulher, o detento então explicou ao 'gerente', que para retirar o montante, ela deveria realizar um depósito de R$ 380,00, relativo a taxas. Ao ser questionado pelo suposto gerente, sobre qual seria a promoção, e motivos para que pagasse para retirar o premio, Marcos pediu para falar com a mulher e orientou que ela se retirasse, fizesse o depósito e aguardasse que o dinheiro entraria na conta.
Ao retornar para o suposto gerente, passando dados sobre a conta que o depósito deveria ser feito, Laércio se identificou como policial, imediatamente a ligação foi encerrada.
Este seria um golpe que não deu certo, mas para surpresa geral, cerca de cinco minutos após o detento ligou novamente. Desta vez a repórter Sônia atendeu, se passando por filha da mulher. Com a voz aflita ele queria saber o que ela tinha na cabeça de procurar a polícia, que ela botou em risco um premio de R$ 75 mil, mas que ainda poderia retirá-lo, ele lhe daria a chance de depositar os R$ 380,00 e receber seu prêmio, só que ela não deveria procurar a polícia novamente.
Sônia ouviu atentamente as orientações e passou a fazer perguntas pessoais, elogiando a voz do moço. Já encabulado, o detento não sabia mais o que dizer, dando corda a repórter disse que queria conhecê-lo, após vários minutos de conversa, com o encontro quase marcado, Sônia se identificou como repórter de TV dizendo que apenas estava fazendo uma reportagem e que não tinha interesse.
Minutos após, mensagens começaram a entrar no celular, solicitando os números da moça, se dizendo um rapaz sério. Informado, via SMS, de que havia sido "trollado" pela repórter, a confirmação de que se tratava de uma tentativa de golpe via SMS. "Ei gata eu to é preso bj".
Fonte: Eliza Gund/Nativa News
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