|
Um dos suspeitos é proprietário de uma casa onde mulheres se reuniram com aliciador antes de viajar para SP |
A
Polícia Civil do Pará prendeu, na manhã desta sexta-feira (17), mais
dois acusados de participar de uma rede de tráfico interno de pessoas,
com ramificação em São Paulo. Um deles é proprietário de uma residência
em Inhangapi, localidade próxima a Castanhal, nordeste paraense. O local
serviria de ponto de encontro com as mulheres que seriam levadas para a
capital paulista com o homem que providenciou a viagem. Seis mulheres
foram regatadas antes de viajar.
O cabeleireiro José
Guedes, 25 anos, foi preso em companhia de Rui Cabral, 28 anos, travesti
conhecido como Natasha. Morador de Inhangapi, Guedes é acusado de ser o
responsável por aliciar as mulheres para prostituição. Segundo as
investigações policiais, a casa dele serviria de ponto de encontro com
as vítimas, que recebiam promessa de uma vida de luxo em troca da
prostituição. 'Eles prometiam que elas teriam apenas dois clientes por
noite e que viveriam em apartamentos de luxo, mas isso não era verdade
podendo até ser escravizadas pelos aliciadores', disse a delegada Sandra
Veiga.
O acusado seria
responsável em fazer a ponte com o paulista Roger Rocha, 44 anos, preso
na madrugada de hoje, quando tentava embarcar cinco mulheres no
Aeroporto Internacional de Belém. Uma sexta mulher, que iria embarcar
pela manhã, também foi resgatada. De acordo com a polícia, o homem se
apresentava com o nome de Rubens.
O cabeleireiro negou a
participação no crime. 'Eu conhecia as meninas, sabia que elas iam
para São Paulo porque contaram, inclusive que elas fizeram uma festa de
despedida na minha casa ontem à noite, mas eu não tenho nenhuma
relação com esse Rubens, nem conheço ele', disse o acusado José Guedes.
O travesti 'Natasha', que foi preso em companhia de Guedes, também
negou participação no crime. 'Conheci essas meninas na casa do Guedes e
nunca aliciei ninguém', afirmou.
A polícia chegou até
os acusados após denúncia anônima. A suspeita é que eles façam parte de
uma rede de prostituição que alicia mulheres do nordeste paraense para
viajar para São Paulo. 'Sabemos que outras mulheres já foram pra lá
por intermédio do Roger, mas estamos começando as investigações. Trata
de uma rede que trafica mulheres oferecendo glamour e acaba as
escravizando', explica a delegada.
Os presos vão
responder pelo crime de tráfico interno de pessoas, com pena de até
seis anos de prisão. As mulheres resgatadas foram encaminhadas para a
Secretaria de Justiça, onde recebem atendimento social.
Redação Portal ORM
Foto: Bruno Magno (Portal ORM)
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os recados postados neste mural são de inteira responsabilidade do autor, os recados que não estiverem de acordo com as normas de éticas serão vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros.