De Barra do Garças - Ronaldo Couto
Os índios xavantes, que estão de volta à reserva
Marãiwatsédé, em Alto Boa Vista, estão cobrando pedágio de motoristas
que passam pela BR 158 sob argumento que precisam de recursos
financeiros após as queimadas que destruíram mais de 70% da área
indígena recém-integrada após a retirada dos agricultores da
Suiá-Missu.O motorista de uma carreta disse que teve que dar R$ 50,00 para passar pelo bloqueio dos índios que chegaram, segundo otros relatos, a pedir R$ 200,00 ou combustível.
Os índios informaram ao carreteiro que o pedágio é para comprar alimentos depois do incêndio que destruiu as pastagens na semana passada. O fogo somente parou com as chuvas de 6 de setembro. Já agricultores vizinhos a Marãiwatsédé disseram que os índios estão parando todos os veículos e cobrando de R$ 10,00 a R$ 200,00 dos motoristas e a situação ficou perigosa porque não tem presença da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Até motociclistas estão pagando pedágio.
Um dos motivos desta situação será a falta de assistência por parte da FUNAI ao índios que voltaram para Marãiwatsédé após fechamento da gleba Suiá-Missu.
A gleba Suiá-Missú com 165 mil hectares voltou a ser dos índios depois de um processo que tramitou na Justiça Federal. A decisão não agradou a região do Norte Araguaia porque deixou várias famílias de agricultores desabrigadas. A informação é que uma equipe da PRF de Barra do Garças está a caminho da rodovia para convencer os índios a pararem com o pedágio.
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