Políticos paraenses não teriam interesse na conclusão da obra, por medo de divisão do estado
Com suas obras iniciadas há mais de três décadas, a rodovia BR-163, preconizada como redenção econômica da região Centro-Oeste, esbarra na lentidão no trecho paraense e ainda está longe de seu término. E também não vai virar uma realidade tão cedo, já que o Pará está determinado a barrar sua conclusão, sob o temor do fortalecimento de Santarém que luta pela divisão do Estado. Se houvesse interesse, realmente a rodovia já estaria pronta há pelo menos duas décadas.
A conclusão é do ex-governador e hoje deputado federal Júlio Campos (DEM), que iniciou a construção da rodovia na década de 1970 e diz ainda estar lutando pelo término da rodovia, há mais de 30 anos. Na visão do deputado, as ‘forças ocultas’ do outro lado da divisa têm atuado com todas as armas para evitar o progresso de Santarém e “isso implica em retardar ao máximo a conclusão da rodovia”.
Enquanto isso, o escoamento da produção norte de Mato Grosso, que poderia chegar ao porto de Santarém através da BR-163, continua sendo feito pela região Sul do país, gerando maior frete, congestionamentos na via, deterioração da malha viária e muitas vidas ceifadas, quase diariamente, em acidentes com carretas.
“Eu deixei a obra praticamente pronta no lado mato-grossense em 1984. Na época, esteve em Mato Grosso o presidente João Figueiredo para a inauguração do trecho de 890 quilômetros ligando Cuiabá até Santa Helena, perto da divisa. Para construir esse trecho, foram precisos apenas dois anos. Vieram para cá grandes empresas como Camargo Correa, Odebrecht, Andrade Gutierrez e ainda o 9º BEC que participou da pavimentação entre Cuiabá e Rosário Oeste. Queríamos a rodovia, fizemos a rodovia”, lembrou Júlio Campos, citando que o financiamento para a obra foi captado junto ao BID em seu governo, entre 1983 e 1986.
Segundo Júlio Campos, a obra deslanchou em Mato Grosso porque foi uma prioridade. “Do nosso lado, houve interesse. Infelizmente, não é o que ocorreu no Estado vizinho. Nunca houve vontade de que Santarém se tornasse um polo de desenvolvimento. O governo do Pará não quis e não quer isso. Eles temem a explosão econômica da região e a divisão do Estado devido à prosperidade de Santarém. A criação de um novo Estado não interessa aos políticos de Belém. Então, a obra encravou e década após década, os políticos vêm segurando sua conclusão. Fico triste com isso, pois colocam essa determinação acima dos interesses do país”.Júlio Campos defende união política para a conclusão da rodovia. “Se a Dilma quiser, ela termina a estrada. Lamento pelo fato de não haver prioridade e mais interesse. Tenho feito a minha parte, mas cadê os outros para ajudar? Se pegar o dinheiro que é desviado e a verba que é aplicada em publicidade, o governo federal termina suas rodovias e ainda deixa este país com uma malha viária nova. É uma questão de vontade”.
A conclusão é do ex-governador e hoje deputado federal Júlio Campos (DEM), que iniciou a construção da rodovia na década de 1970 e diz ainda estar lutando pelo término da rodovia, há mais de 30 anos. Na visão do deputado, as ‘forças ocultas’ do outro lado da divisa têm atuado com todas as armas para evitar o progresso de Santarém e “isso implica em retardar ao máximo a conclusão da rodovia”.
Enquanto isso, o escoamento da produção norte de Mato Grosso, que poderia chegar ao porto de Santarém através da BR-163, continua sendo feito pela região Sul do país, gerando maior frete, congestionamentos na via, deterioração da malha viária e muitas vidas ceifadas, quase diariamente, em acidentes com carretas.
“Eu deixei a obra praticamente pronta no lado mato-grossense em 1984. Na época, esteve em Mato Grosso o presidente João Figueiredo para a inauguração do trecho de 890 quilômetros ligando Cuiabá até Santa Helena, perto da divisa. Para construir esse trecho, foram precisos apenas dois anos. Vieram para cá grandes empresas como Camargo Correa, Odebrecht, Andrade Gutierrez e ainda o 9º BEC que participou da pavimentação entre Cuiabá e Rosário Oeste. Queríamos a rodovia, fizemos a rodovia”, lembrou Júlio Campos, citando que o financiamento para a obra foi captado junto ao BID em seu governo, entre 1983 e 1986.
Segundo Júlio Campos, a obra deslanchou em Mato Grosso porque foi uma prioridade. “Do nosso lado, houve interesse. Infelizmente, não é o que ocorreu no Estado vizinho. Nunca houve vontade de que Santarém se tornasse um polo de desenvolvimento. O governo do Pará não quis e não quer isso. Eles temem a explosão econômica da região e a divisão do Estado devido à prosperidade de Santarém. A criação de um novo Estado não interessa aos políticos de Belém. Então, a obra encravou e década após década, os políticos vêm segurando sua conclusão. Fico triste com isso, pois colocam essa determinação acima dos interesses do país”.Júlio Campos defende união política para a conclusão da rodovia. “Se a Dilma quiser, ela termina a estrada. Lamento pelo fato de não haver prioridade e mais interesse. Tenho feito a minha parte, mas cadê os outros para ajudar? Se pegar o dinheiro que é desviado e a verba que é aplicada em publicidade, o governo federal termina suas rodovias e ainda deixa este país com uma malha viária nova. É uma questão de vontade”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os recados postados neste mural são de inteira responsabilidade do autor, os recados que não estiverem de acordo com as normas de éticas serão vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros.