Vigilância Sanitária de Cáceres, no Oeste do Estado, confirmou a morte de uma
mulher de 39 anos por complicações da dengue. Ela foi a óbito no dia 24 de
outubro, no Hospital São Luiz. O nome da mulher não foi revelado. Além de
confirmar a morte, foi dito apenas que ela residia no distrito da Sadia,
distante 70 km da cidade, e chegou ao Pronto Atendimento Médico com sintomas da
doença, sendo encaminhada primeiramente ao Hospital Regional, e depois ao
Hospital São Luiz.
O caso não foi divulgado, segundo o coordenador da Vigilância, Josué
Alcântara, porque foi feita uma investigação epidemiológica para comprovar a
causa. No atestado de óbito consta dengue hemorrágica, mas o coordenador informa
que, seguindo os critérios técnicos do Ministério da Saúde, a constatação é que
a morte foi ocasionada por complicações da dengue clássica.
"Todo atendimento foi feito, mas ela não resistiu. Nossa equipe ainda
prossegue com os trabalhos na Sadia, desenvolvendo um levantamento do índice de
infestação do mosquito para entrar com o bloqueio vetorial" – ele
explicou.
Mais de um mês após o óbito, Cáceres vive uma situação preocupante: um
levantamento feito há dez dias, logo no início das chuvas, constatou que o
município está com um índice de 3% de infestação. O índice é alarmante, e fez
com que a Secretaria Municipal de Saúde intensificasse os trabalhos, com todos
os agentes a campo, em inspeções domiciliares.
"Hoje temos 700 notificações de casos suspeitos, dos quais 184 foram
confirmados e um óbito"- esclarece Josué. Mas os números, na verdade, não
correspondem a realidade, pois muitas pessoas sentem os sintomas da dengue e não
fazem o exame que garante a notificação. Para cada pessoa que faz o exame e
notifica a suspeita, quatro pessoas deixam de fazê-lo.
O exame de sangue que atesta a dengue é feito na própria Vigilância
Sanitária, no período da manhã, e é gratuito. É importante fazê-lo, para que o
município tenha dados reais e possa agir dentro do contexto, adotando as medidas
necessárias.
No último trimestre de 2009 e início de 2010, Cáceres sofreu com uma
epidemia da doença que resultou em 7 óbitos. O impacto fez com que a sociedade
se mobilizasse. Menos de dois anos depois, parece que o susto passou -com o
início das chuvas, época de maior proliferação do mosquito transmissor, o que se
vê são lotes abandonados e quintais mal cuidados, acumulando o chamado "lixo da
dengue", que é qualquer recipiente que acumule água, como pneus, latas,
tampinhas de bebidas, cascas de frutas, caixas e reservatórios de água sem
tampa.
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